segunda-feira, 23 de maio de 2011

CRISE, VIOLÊNCIA, AMOR?


“A gente confundi amor, com auto-estima e usa sinal de violência para dizer que é amor”. João Jardim
Amor? Para você que pensa que já ouviu tudo sobre amor, é imprescindível assistir ao filme “AMOR?” de João Jardim. Histórias reais de conflitos amorosos e familiares, interpretados por Lillia Cabral, Eduardo Moscovis, Claúdio Jaborandy, Júlia Lemmertz e muito mais. Uma mistura de emoção, reflexão e informações atuais de dramas sociais vividos por pessoas das mais diferentes esferas da sociedade.
É numa seqüência de depoimentos com movimentos leves que Jardim escolheu para contar esses casos e os transtornos que o antecedem. Segundo ele, num debate coletivo após sessão fechada do filme, no dia 7 de maio de 2011, no Shopping Guararapes, em Jaboatão, Pernambuco, a ideia do filme é provocar uma reflexão e apresentar outra visão sobre o tema da violência domestica. “A gente confundi amor, com auto-estima e usa sinal de violência para dizer que é amor. Isso destrói nosso amor próprio”, comenta.
Numa sensibilidade de cenas incríveis, detalhes, enquadramentos e trilha sonora se integram, “como palavras numa poesia”, para retratar contextos sociais e fatos que influenciam e geram violência entre famílias. Dessa forma, o local que deveria ser de paz, união e cumplicidade abrem espaços para a criminalidade, discriminação e outras formas de violação de direitos. Dessa forma, assim como as ondas do mar, mostradas no filme, à violência se movimenta num vai e vem, na esperança da tranqüilidade.
“Tirei de histórias reais para mostrar na ficção, e coloquei os atores para que soassem mais próximo do real. E muita gente se identifica com o que está projetado”, afirma Jardim. Gestos, carinhos e emoções. O filme é resultado de pesquisas, estudos e entrevistas com juízes, advogados, terapeutas familiares, organizações não governamentais e pessoas comuns numa investigação de diferentes histórias de “amor” que foram abortadas por crises relacionais.
A produção nos convida a uma reflexão sobre o amor. Palavra muito utilizada e pouco discutida. Afinal, o que é o amor? Talvez, embora muitos não percebam, a ausência deste sentimento gerou os desfechos do filme. Além de bonito, o filme chega a ser doloroso. Pois a briga de poder estar em todas as relações familiares apresentadas. A produção é financiada pelo Instituto Avon e estará em exibição nos cinemas de Pernambuco, em meados de maio.

Um comentário:

  1. A gente confunde, e não a gente confundi... Cuidado ao escrever para não cometer erros de português.

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