sexta-feira, 23 de julho de 2010

O PAPEL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL NO CAMPO


Por Everaldo Costa Santana

É preciso que jovens possam criar ou mobilizar meios para dá voz às pessoas de seu bairro, de sua cidade, e de seu Estado. Para exercer essa função, não precisa ser jornalista, nem profissional da comunicação social, basta iniciativa, protagonismo e liderança. Os meios existentes são os mais variados. Um programa numa rádio comunitária, um jornal coletivo, um informativo comunitário, um vídeo documentário, enfim, os recursos podem ser utilizados da melhor forma possível. E o melhor, sem muitos custos financeiros.
Nesse contexto, em meio a tantas novas mídias e tecnologias, muitas dessas iniciativas têm contribuído com o desenvolvimento humano e social no Brasil. Esse é o principal desafio da comunicação comunitária, e ele favorece a garantia dos direitos universais e do direito humano a comunicação. Além disso, é importante a criação de um cenário que favoreça a construção de políticas públicas de comunicação. Nessa mobilização é muito importante a articulação de grupos organizados que trabalhem a temática da comunicação, e outros que de alguma forma, contribuem para a democratização dessa temática.
Essa luta já é antiga. A reivindicação de uma comunicação que valorize as pessoas sem distinção de classe social, gênero, opção sexual, raça ou etnia pelos movimentos sociais é histórica. Em decorrência desses movimentos e atos o Governo Federal realizou em dezembro de 2009, em Brasília, a I Conferência Nacional de Comunicação.
Mesmo comemorando a conquista dessa conferência, a discussão ainda é injusta e desigual. Os movimentos sociais dividem espaços com o “grande empresariado da comunicação” e políticos, muitos concessionários. E nesse embate, a discussão é acirrada. As juventudes, principalmente as juventudes do campo, devem tomar posse desses debates e colocar em pauta a situação da comunicação rural que na grande maioria dos municípios do interior do país acontece de forma injusta e tendenciosa. Nesse cenário, os políticos e as igrejas são os grandes favorecidos, pois “dominam” os veículos que dizem comunitários para promoção própria, e o que é público, se torna privado.
Que tal, você jovem contribuir para que a comunicação de sua comunidade se torne democrática, e contribua para vivências mais justas. Chega de tanto monopólio, chega de tanta falta de respeito aos direitos humanos. Nossa comunicação deve ser assumida como direito. Vamos levantar essa bandeira. Lidere, crie, mobilize e faça comunicação. Dialogue com mais pessoas de sua comunidade. Mobilize ou produza produtos comunitários de comunicação. Neles, com certeza as comunidades serão as grandes protagonistas e poderão se ver, e se reconhecer nas informações.

2 comentários:

  1. Obrigado por nos seguir Shamara Paz. Pra nós é um privilégio podermos estarmos juntos através das informações. Continue sendo nossa leitora, estamos sempre com novas informações para você e todos os nossos amados e amadas leitores e leitoras.

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